O professor Paulo Magalhães, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias, no centro de SP, começou a utilizar histórias em quadrinhos após suspender o projeto “Aula Pública”, em que levava os estudantes para a rua e ensinava sobre a cidade
Desde 2016, o professor de geografia, Paulo Magalhães, leva seus alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Duque de Caxias, na região central de São Paulo, para aulas ao ar livre.
Essas aulas fazem parte do projeto “Aula Pública”, em que as crianças vão aprender na rua sobre a cidade onde moram.
Tudo seguia normalmente quando, em 2020: pandemia. As aulas ao ar livre foram canceladas para evitar aglomeração. O professor, então, teve que se adaptar: ele começou a utilizar histórias em quadrinhos e vídeos do professor de história, Wilson Amaral.
“No ano passado, eu criei um projeto chamado ‘Histórias em Quadrinhos’, em que eu peguei algumas fotos das nossas saídas e usei alguns aplicativos para transformar em desenhos e adicionar balões com falas. Durante a pandemia, eu não tenho levado as turmas presencialmente, então vou, juntamente com um professor, para os locais, preparo um vídeo e subo nas plataformas de ensino que usamos. Então, os alunos assistem ao vídeo e respondem algumas questões, que articulo com outros professores, para que eles não percam tudo que trabalhamos nos últimos anos. É também para eles não esquecerem os locais que percorremos”, explica o professor.
Este projeto ganhou o 1º lugar do Prêmio Direitos Humanos da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo.
“A gente conseguiu mexer com a estrutura do bairro e das pessoas da comunidade, pais e até moradores de rua. Uma vez levei 100 alunos de uma vez. O conteúdo ultrapassa a aula de geografia e fala muito também da questão da territorialidade e da cidade em si, tudo dentro do currículo escolar”, explica o professor Paulo.
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