Na comparação de todo o primeiro trimestre com o mesmo período do ano passado, redução no número de sinistros é de 11%, de acordo com dados do Infosiga
O trânsito brasileiro é um dos grandes problemas de gestão pública no país. Isso porque os números de acidentes e mortes são alarmantes. Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), sob dados divulgados em 2023, a taxa de mortalidade no trânsito aumentou 2,3%, com mais de 390 mil óbitos em acidentes com meios de transporte terrestres.
Os números são ainda mais preocupantes quando analisados as mortes envolvendo motocicletas, que dobraram em 30% em 2023 com relação à última década. Com isso, é possível constatar que o país vive uma epidemia de mortes no trânsito. No entanto, há indícios de pequenas melhoras.
Cidade com a maior frota automotiva do país, de 7,3 milhões de veículos ativos, São Paulo viu o número de mortes no trânsito cair 13% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do Infosiga, plataforma de estatísticas viárias gerenciada pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP). Em números absolutos, os óbitos recuaram de 89 para 77 na capital, em doze meses.
Também se verifica redução na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e igual período de 2024. De janeiro a março, 208 vidas foram perdidas nas vias de São Paulo, ante 220 no mesmo intervalo do ano passado. O recuo é de 5%.
Quando se analisa a quantidade total de sinistros com vítimas, fatais ou não, a queda anualizada de um trimestre para outro, de 2024 a 2025, é de 11% — de 7.297 para 6.519. O meio de transporte que teve maior diminuição nas mortes foi o das bicicletas. De março de 2024 para março de 2025, a redução foi de 43%, de sete para quatro óbitos. No confronto entre os primeiros trimestres, a queda chega a 50% – 8 x 4.
Nos óbitos que envolvem automóveis, o recuo foi de 25%, tanto na comparação entre os meses quanto entres os intervalos de janeiro a março. No caso das motocicletas, modal que reúne o maior número de perdas no trânsito, a queda foi de 10% no cotejo entre os trimestres (109×98) e de 14% no confronto entre os meses de março (42×36).
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