Segundo entidade, a prática pode aumentar acidentes de trânsito
Desde que as empresas de transporte de passageiros por aplicativo anunciaram a retomada do serviço, na modalidade de moto, na cidade de São Paulo, o município vive diante de um impasse. De um lado o poder público que proíbe o serviço e alega preocupação com o aumento de casos de acidente de moto com a utilização deste tipo de transporte e do outro as empresas que afirmam ter o direito diante de uma lei federal.
Agora, a história ganha um novo capítulo. A Associação Paulista de Medicina (APM) se declarou contrária à aprovação do transporte de passageiros por aplicativo com motos na cidade de São Paulo. Em nota pública, a entidade afirma que a prática apresenta risco elevado de aumento nos acidentes de trânsito.
Segundo a APM, durante o ano passado o número de mortes de motociclistas na capital paulista subiu cerca de 20%, chegando a 483 mortes, o que corresponde a 37% do total de mortes no trânsito na cidade de São Paulo. Nacionalmente os acidentes com motos geram 300 mil atendimentos na rede pública.
Para a entidade, a utilização do serviço de mototáxi na cidade de São Paulo representaria um grande risco para passageiros e motoristas. “Além de possivelmente piorar a sobrecarga do sistema de Saúde, com o potencial aumento do número de acidentes advindos da popularização dessa opção de transporte”.
A cidade de São Paulo tem legislação própria que proíbe a prática, mas em janeiro deste ano, as empresas 99 e Uber iniciaram os serviços, alegando que a proibição não se aplicava ao trabalho por aplicativos.
Além da divergência quanto à legalidade do serviço, a prefeitura e as empresas divergem quanto à segurança e a situação segue indefinida. Na semana passada, a Câmara Municipal realizou uma audiência pública sobre o tema.
Desde do último dia 27 de janeiro, o serviço segue suspenso na cidade por determinação judicial. No entanto, não há multa para as empresas que desobedecerem a regra, assim como para os mototaxistas. Os serviços estão fora das plataformas.
Com informações de Agência Brasil
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