No menu items!
16.3 C
São Paulo
terça-feira, 25 novembro, 2025

ARTIGO | Prevenção é a chave para o controle das hepatites virais no Brasil

As hepatites virais atingem milhares de pessoas anualmente no Brasil e a prevenção por meio da vacinação e da informação sobre como evitá-las são estratégias fundamentais para reduzir a incidência e mortalidade dessas inflamações no fígado. Como algumas variações da doença podem evoluir para cirrose hepática, doença hepática crônica e até câncer, arrisco dizer que podemos salvar vidas se o tema for mais debatido entre a população.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, de 2000 a 2021 foram notificados 718.651 casos confirmados de hepatites virais no país, sendo o tipo C o mais letal. De 2000 a 2020 foram identificados 62.611 óbitos associados a essa Hepatite, representando um total de 76,2% do total de mortes por hepatites virais.

Essa é uma doença silenciosa e, infelizmente, costuma apresentar sintomas em estágios já avançados. A hepatite C, por exemplo, pode deixar a pele amarelada e causar perda intensa e repentina de peso, abdômen dolorido e inchado com líquido, febre e cansaço.

No Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), em São Paulo, o número de diagnósticos de Hepatite C crônica diminuiu 70% nos últimos cinco anos – o comparativo foi realizado considerando o primeiro semestre dos anos 2019 a 2023. Essa queda é justificada: durante a crise sanitária que enfrentamos nos últimos anos, as pessoas deixaram de ir ao hospital realizar seus exames de rotina, gerando uma subnotificação dos casos. O que seria o cenário mais próximo sobre a quantidade de infectados acabou se perdendo.

A hepatite viral pode ser do tipo A, B, C, D e E, cada uma com suas particularidades e formas de transmissão. As hepatites A e B podem ser prevenidas por meio da vacinação e fazem parte do plano nacional de vacinação. O tipo C, que é o mais letal, ainda não possui vacina, por isso o cuidado para não se contaminar é fundamental. As hepatites B e C tem antivirais específicos e, no caso da B, é possível chegar à cura em alguns casos, enquanto no tipo C a taxa de cura é superior a 90%. A hepatite D não tem antiviral específico e não tem cura, assim como o tipo A. Nossas atuais políticas públicas preveem o tratamento com antivirais, disponibilizados na rede particular e gratuitamente pelo SUS.

*Dr. Marcelo Mostardeiro é infectologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE)


SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]

- Patrocinado -

Últimas

Ultraprocessados já são quase um quarto da alimentação dos brasileiros

Levantamento em 93 países mostra que o consumo aumentou...

SP abre consulta pública sobre uso de biometano na rede de distribuição de gás canalizado

Iniciativa visa fortalecer abastecimento e incentivar produção e injeção...

Ultraprocessados já são quase um quarto da alimentação dos brasileiros

Levantamento em 93 países mostra que o consumo aumentou em 91 A participação de ultraprocessados na alimentação dos brasileiros mais que dobrou desde os anos...

SP abre consulta pública sobre uso de biometano na rede de distribuição de gás canalizado

Iniciativa visa fortalecer abastecimento e incentivar produção e injeção de biometano na rede A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp)...

Programa de aceleração de negócios de moda sustentável abre inscrições para edição 2026

Iniciativa da Prefeitura de São Paulo apoia micro e pequenos negócios com investimento de R$ 30 mil e capacitações Empreendedores de moda sustentável da cidade...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Visão geral de privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.