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sábado, 5 julho, 2025

Acidez dos oceanos ultrapassa limite de equilíbrio planetário

Pesquisa foi feita pelo Laboratório Marinho de Plymouth do Reino Unido

A acidificação dos oceanos, um fenômeno causado pelo excesso de absorção de gás carbônico (CO2) da atmosfera, ultrapassou os limites para o equilíbrio planetário em 2020, aponta estudo publicado pelo Laboratório Marinho de Plymouth (PML) do Reino Unido.

De acordo com a pesquisa “Acidificação dos oceanos: mais um limite planetário ultrapassado”, a informação só foi revelada cinco anos depois, por meio do uso de medições mais modernas e da aplicação de novos modelos computacionais sobre materiais coletados nos últimos 150 anos.

“A gente tem uma informação robusta, sendo produzida por um estudo que tem alcance mundial e revelando uma informação que a gente, infelizmente, não tinha ainda. Apesar das observações e modelos matemáticos, essas informações não tinham integrado ainda o contexto dos limites planetários. E esse foi o grande avanço”, explica Alexander Turra, pesquisador do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP) e coordenador da Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano.

O conceito de limites planetários foi criado em 2009 por cientistas do Centro de Resiliência de Estocolmo para o acompanhamento de nove fenômenos decorrentes da ação humana, como mudança climática, poluição por produtos químicos, mudança no uso da terra e a acidificação dos oceanos. Desde então, a ciência apontava que seis desses limites haviam sido ultrapassados.

Com a descoberta do novo estudo, a mudança da acidez das águas dos oceanos aumenta essa lista para sete.

Com a absorção da alta concentração de gás carbônico da atmosfera, os oceanos passam por uma redução do potencial hidrogeniônico (pH) e consequente diminuição da concentração de carbonato de cálcio na água, que afeta diretamente a estruturação de esqueletos e o crescimento de vidas marinhas.

“ Isso significa que vai ter menos crescimento de recifes de coral, conchas de moluscos mais frágeis, autólitos [rochas hospedeiras] de peixes menos estruturados, e a gente vai ter, então, organismos que terão uma capacidade de se relacionar com o meio ambiente limitada em função desse comprometimento”, explica o pesquisador.

De acordo com a coordenadora do Laboratório de Oceanografia Química da UERJ, Letícia Cotrim, a acidificação também pode causar mudanças na fisiologia, crescimento e reprodução de espécies, afetando a biodiversidade existente nos oceanos.

Com informações de Agência Brasil


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