No menu items!
15.6 C
São Paulo
sexta-feira, 31 outubro, 2025

Compromissos contra o avanço do aquecimento global precisam ser revisados na COP 30

Medidas aprovadas em Paris 2015 não são mais suficientes

A terceira edição do evento USP Pensa Brasil 2024 teve como tema COP 30: Desafios para o Brasil. O evento aconteceu de 12 a 16 de agosto, no espaço Brasiliana. No segundo dia de palestras o debate Mudanças Climáticas chamou a atenção do público. Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física (IF) da USP, membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), destacou a urgência de enfrentar o aquecimento global e suas repercussões na sociedade.

O especialista ressaltou que eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul e o agravamento das mudanças climáticas exigem uma discussão abrangente sobre soluções científicas, políticas, sociais e econômicas para o enfrentamento desse problema. Para Artaxo, as mudanças climáticas representam um dos maiores desafios da atualidade e os compromissos do Acordo de Paris têm se mostrado insuficientes para conter o aquecimento global. Ele defende que esse comprometimento deve ser revisado na próxima Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que acontece em novembro, com a necessidade de políticas públicas mais eficazes e ações decisivas por parte dos governos e indústrias.

Conforme o docente, a situação da Amazônia é preocupante, já que se trata de uma região crítica para o equilíbrio climático global. Ele observou que a destruição de 19% da floresta amazônica já está afetando o regime hidrológico e a produtividade agrícola, não apenas na Amazônia, mas também no Brasil Central. Segundo ele, a redução da precipitação e o aumento das temperaturas, exacerbados pela emissão de gases de efeito estufa, podem comprometer seriamente a agricultura na região.

“O Brasil tem que encontrar urgentemente soluções, encaminhar e implementá-las para minorar o desmatamento da Amazônia, além de trabalhar para recuperar as áreas degradadas. Desse modo, a ciência tem que se debruçar sobre como atuar nessa questão da maneira mais eficiente e correta, e isso precisa ser feito o mais rápido possível”, conta.

De acordo com o professor, a situação de outros biomas brasileiros, como o Pantanal e a Caatinga, é parecida com a da Amazônia, visto que também enfrentam desafios devido às mudanças climáticas. O Pantanal, em particular, sofreu secas severas e queimadas que devastaram uma grande parte da vegetação, enquanto a Caatinga enfrenta queda de precipitação e aumento das temperaturas. Artaxo alertou que, se essas tendências continuarem, a manutenção das atividades econômicas e a qualidade de vida nessas regiões poderão ser comprometidas.

Com informações de Jornal da USP


SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]

- Patrocinado -

Últimas

Quando a desatenção é mais que distração

Por Dr. Gilberto Ferlin Muitos pais e educadores já se...

Desigualdade de renda ainda é a principal barreira para a segurança alimentar no Brasil

Renda domiciliar é o principal fator que impede o acesso pleno à alimentação Uma nota de política econômica do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das...

Com 8 piscinões em construção e outros 6 entregues, gestão prioriza combate às enchentes em todas as regiões da cidade

Conjunto de reservatórios integra série de obras da Prefeitura para aumentar a resiliência frente às mudanças climáticas Quando a chuva cai forte, o que antes...

Quando a desatenção é mais que distração

Por Dr. Gilberto Ferlin Muitos pais e educadores já se depararam com a dúvida: será que a criança está apenas distraída ou desinteressada, ou existe...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Visão geral de privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.