As crianças neurodivergentes são aquelas que apresentam diferenças significativas em seu desenvolvimento em relação à maioria das crianças da mesma idade. E essas diferenças podem ser observadas em aspectos como linguagem, socialização, comportamento e habilidades cognitivas.
Existem diversos transtornos que caracterizam as crianças neurodivergente, como: o Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Síndrome de Down, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) Síndrome de Tourette, Depressão Esquizofrenia e a Dislexia.
O esporte desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de crianças neuroatípicas, oferecendo benefícios físicos, emocionais e sociais. A prática de atividades esportivas pode ser uma ferramenta poderosa para promover a inclusão, melhorar habilidades motoras e sociais, além de fortalecer a autoestima e a confiança.
Fisicamente, o esporte ajuda a desenvolver a coordenação motora, a força e a resistência. Crianças neurodivergentes podem enfrentar desafios específicos em relação às suas habilidades motoras. A prática regular de atividades físicas pode ajudar a superar essas dificuldades. Emocionalmente, a prática esportiva contribui para o bem-estar mental e emocional.
O esporte pode oferecer um espaço para que essas crianças explorem e expressem suas emoções de maneira saudável. A participação em atividades esportivas pode ajudar a reduzir a ansiedade e o estresse, frequentemente presentes em crianças neuroatípicas. Além disso, o sentimento de realização ao alcançar objetivos esportivos pode fortalecer a autoestima e a confiança.
Socialmente, o esporte é uma ferramenta valiosa para promover a inclusão e a interação social. Participar de atividades esportivas oferece às crianças neurodivergentes oportunidades valiosas para desenvolver habilidades sociais, como trabalho em equipe, comunicação e resolução de conflitos.
De acordo com a Sociedade de Pediatria e Atividades Físicas, a participação em esportes de equipe pode melhorar significativamente as habilidades sociais e a integração comunitária de crianças com necessidades especiais (Pediatric Health Journal, 2023).
Adicionalmente, o esporte pode ensinar importantes lições de vida, como disciplina, perseverança e resiliência. Investir em programas esportivos inclusivos e adaptados é essencial para garantir que todas as crianças tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver de maneira plena e saudável.
Ana Lopes é jornalista e doutora em Ciências Biomédicas (Neurofisiologia)
Bruno Ribas é gestor educacional, e criador do projeto social LPV Moria de Jiu Jitsu
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