No menu items!
22.9 C
São Paulo
quinta-feira, 26 dezembro, 2024

Do capacitismo à valorização: desafios e soluções na inclusão profissional de pessoas com deficiência visual

Especialistas em diversidade e inclusão comentam o baixo índice de emprego dessas pessoas e como as empresas podem incluí-las


No dia 13 de dezembro foi instituído o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual, uma data que visa conscientizar a sociedade sobre os direitos e potenciais desse grupo. Uma das áreas em que ainda há muito a avançar é a do mercado de trabalho, na qual as pessoas com deficiência visual enfrentam não só barreiras de acessibilidade, mas também preconceito.

Segundo relatório do IBGE de 2019, existem cerca de 7 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil. Desse total, apenas 37% estão empregadas. Um dos principais pontos responsáveis por esta baixa taxa é um conceito que se tornou mais conhecido recentemente, o capacitismo. O termo refere-se à discriminação contra pessoas com deficiência em geral, baseada na falsa e preconceituosa ideia de que estas seriam ‘inferiores’ ou incapazes de realizar determinadas atividades.

O combate ao capacitismo pode começar nas empresas, segundo Kaká Rodrigues, co-founder da consultoria Div.A Diversidade Agora! e especialista em diversidade e inclusão. “Para mudar essa realidade, é preciso que as organizações adotem medidas para promover a inclusão e a acessibilidade das pessoas com deficiência visual em seus ambientes de trabalho. Elas devem oferecer treinamentos e capacitação para todas as pessoas colaboradoras, inclusive as com deficiência, visando não só a orientar sobre melhores maneiras de convivência e comunicação, mas também à sensibilização”, explica a especialista.

Kaká reforça ainda que a estrutura física da empresa é outro ponto que necessita de atenção para quebrar barreiras. “A organização que disponibiliza recursos e tecnologias assistivas, como softwares leitores de tela, lupas eletrônicas, impressoras em braile e teclados adaptados, por exemplo, e eliminam obstáculos e dificuldades arquitetônicas, facilitam o acesso, tornando as pessoas colaboradoras com deficiência visual muito mais integradas e acolhidas”, ressalta.

A especialista reforça ainda que, “ao adotar essas medidas, as empresas não só cumprem a legislação vigente, que estabelece cotas para a contratação de pessoas com deficiência, mas também contribuem para a construção de uma sociedade mais justa, diversa e inclusiva, na qual todos possam exercer sua cidadania e sua autonomia”, conclui Renata Torres.


SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]

- Patrocinado -

Últimas

Pesquisa mostra que mais da metade dos brasileiros não lê livros

Proporção de não-leitores foi maior que a de leitores,...

São Paulo recebe mais de R$ 6 milhões para reforçar exames de pré-natal na Rede Alyne

Investimento do Ministério da Saúde visa ampliar o acesso...

Cuidados necessários para as compras de final de ano sob a perspectiva consumerista

As confraternizações e os presentes no final do ano...

Pesquisa mostra que mais da metade dos brasileiros não lê livros

Proporção de não-leitores foi maior que a de leitores, pela primeira vez na série histórica Conforme a 6⁠ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no...

São Paulo recebe mais de R$ 6 milhões para reforçar exames de pré-natal na Rede Alyne

Investimento do Ministério da Saúde visa ampliar o acesso a testes essenciais como HIV, sífilis e ultrassom para gestantes em todo o estado O Ministério...

Cuidados necessários para as compras de final de ano sob a perspectiva consumerista

As confraternizações e os presentes no final do ano representam um dos períodos mais movimentados para o comércio. No entanto, esse período de compras...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui