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quarta-feira, 22 janeiro, 2025

ARTIGO | A autodeclaração da pessoa com deficiência não pode ser entrave para alcançar cargos de liderança

Histórias de empresas que desejam aumentar a inclusão de pessoas com deficiência em seus quadros, mas ainda dão preferência por contratar as pessoas com deficiências não visíveis ou “mais leves”, infelizmente não são histórias raras e só aumentam a exclusão dos profissionais com deficiência que, por uma oportunidade de crescimento profissional, escondem e até negam suas deficiências.

Vivemos em um cenário onde muitos profissionais com deficiência se veem diante de um dilema: revelar suas deficiências e enfrentar a possibilidade de discriminação ou ocultá-las em busca de oportunidades de carreira. Esse impasse é mais do que apenas uma dificuldade; é uma forma de opressão, um capacitismo que limita a jornada da pessoa com deficiência que aspira a se desenvolver profissionalmente.

Em nossa busca pela verdadeira inclusão, encontramos histórias de pessoas com deficiência que, infelizmente, sentiram a necessidade de esconder suas deficiências para alcançar o sucesso em suas carreiras. Elas compartilham que, ao se auto declararem pessoas com deficiência, são categoricamente desencorajadas de buscar cargos de liderança e gestão.

Um estudo recente, intitulado “Pessoas com Deficiência e Empregabilidade,” liderado pela consultoria Noz Inteligência em parceria com a Talento Incluir, revelou que 60% das pessoas com deficiência entrevistadas nunca foram promovidas. Além disso, 45% dessas pessoas permanecem no mesmo cargo e na mesma empresa por mais de uma década.

Um levantamento da Talento Incluir demonstra que cargos de liderança nas empresas estão muito distantes de serem alcançados pelas pessoas com deficiência. Entre as empresas que abriram vagas específicas para profissionais com deficiência por meio da Talento Incluir, menos de 0,5% ofereciam oportunidades de liderança, e apenas 0,30% dessas vagas tinham salários acima de R$8.900,00.

Ao contrário de outros marcadores sociais, o orgulho de ser uma pessoa com deficiência pode ser uma conquista desafiadora mas é essencial. A autodeclaração é uma libertação. É uma afirmação positiva que as pessoas com deficiência devem fazer para reforçar seu orgulho e, ao mesmo tempo, superar o capacitismo que tenta nos diminuir.

Por Katya Hemelrijk, CEO da Talento Incluir Consultoria


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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