As 350 unidades modulares que vão abrigar moradores em situação de rua na Vila Reencontro, na região do Bom Retiro, começaram a ser entregues à prefeitura de São Paulo. As unidades estão sendo instaladas em uma área de 16 mil metros quadrados (m²), reservada para a primeira fase de implantação do projeto.
Inspirada no modelo conhecido como Housing First (Moradia Primeiro), criado em países da Europa e nos Estados Unidos, a iniciativa tem como princípio garantir que a população em situação de rua tenha acesso imediato à moradia.
Cada unidade tem área de 18 m², com quarto, cozinha e banheiro. As casas entregues na primeira fase serão destinadas prioritariamente a famílias (com ou sem crianças) e idosos que estejam vivendo na rua há pelo menos dois anos. Cada família poderá permanecer nas moradias transitórias por um período entre 12 e 18 meses.
“Com ações integradas de outras pastas, como Saúde e Emprego, o trabalho será intensificado para garantir autonomia às pessoas atendidas pelo serviço neste período”, diz a prefeitura.
Segundo o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, na primeira etapa, será possível acolher, “com bastante qualidade”, 1.400 pessoas – quatro em cada uma das residências modulares. “Além das residências, também estamos tratando para ter aqui na Vila Reencontro toda a infraestrutura para que os moradores possam fazer cursos profissionalizantes e uma horta comunitária.”
A Vila Reencontro também contará com uma unidade do Bom Prato, programa do governo estadual, que servirá 2 mil refeições por dia, e uma unidade básica de saúde (UBS).
Entre 2019 e 2021 o número de pessoas em situação de rua em São Paulo teve um aumento de 31%, segundo o Censo da População em Situação de Rua. Nesse período, a concentração que ainda é grande na região central se ampliou em várias periferias da cidade, onde a alta chegou a seis vezes, dependendo da subprefeitura.
Fonte: EBC
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