Capital paulista teve 1.031 fatalidades no ano passado, o maior índice em nove anos
As mortes no trânsito paulista cresceram 15% em 2024 e chegaram a 6.099 casos, conforme dados do Infosiga-SP. O sistema gerenciado pelo programa Respeito à Vida e pelo Detran-SP aponta que a capital teve 1.031 fatalidades, o maior índice em nove anos. Motociclistas são quase metade das vítimas: foram 2.626 mortos no estado, 43% do total.
Este ano, os dados seguem alarmantes. A cada dia, 16 pessoas perdem a vida em acidentes. O primeiro semestre registrou 700 pedestres mortos por atropelamento, alta de 19,7% em relação ao mesmo período do ano passado. No estado de São Paulo, os acidentes sem vítimas fatais subiram 9,3% de janeiro a julho. A meta estadual prevê reduzir os óbitos em 50% até 2030, e a Prefeitura quer baixar o índice para 4,5 por 100 mil habitantes.
O Observatório Nacional de Segurança Viária atribui comportamento humano a nove em cada dez acidentes. Dados da Onisys, plataforma de prevenção de acidentes, apontam excesso de velocidade, uso do celular, fadiga e não uso do cinto entre os atos inseguros mais frequentes.
A realidade exige atenção redobrada de quem trabalha no dia a dia com o trânsito. “Os motoristas precisam cuidar tanto do carro quanto de si mesmos”, reforça o diretor de vendas da Kovi, Osmar Queiroz Melo. “No trânsito intenso de São Paulo, é essencial fazer pausas regulares para descanso, manter a hidratação e se alimentar bem. No carro, revisar pneus, freios e óleo evita surpresas durante o dia.”
Pneus com calibragem correta melhoram dirigibilidade e frenagem, o que evita desgaste prematuro. O Detran-SP orienta motoristas a ficarem atentos a barulhos estranhos e luzes no painel, sinais de que o carro pode ter problemas.
O aluguel de carro para Uber em São Paulo inclui manutenções programadas e assistência que beneficiam motoristas de aplicativo.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada estima que acidentes de trânsito custam R$ 50 bilhões por ano ao Brasil. Um acidente fatal tem custo médio de R$ 647 mil. Entre 2007 e 2018, o país perdeu 479.857 vidas no trânsito.
Já o Código de Trânsito Brasileiro estabelece que trânsito seguro é direito de todos e dever dos órgãos do Sistema Nacional de Trânsito. Desde 2004, a direção defensiva é matéria obrigatória para tirar a carteira de motorista.
Todos os ocupantes do veículo precisam usar cinto de segurança, mesmo em engarrafamentos ou quando o sinal está vermelho. Estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, citado pelo DNIT, mostra que o cinto reduz em 45% as chances de lesões graves no banco da frente. No banco de trás, passageiros ficam até 75% mais seguros.
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