Pesquisa também mostra que 34% dos estudantes que responderam ao questionário afirmaram terem sido fisicamente agredidos na escola
Um levantamento realizado com 1.170 estudantes LGBTI+, de 16 anos ou mais, que tenham frequentado alguma instituição de ensino no Brasil em 2024, revelou que a escola não é considerada um ambiente seguro para 86% dos consultados em razão de alguma característica de sua aparência. A “Pesquisa Nacional sobre o Bullying no Ambiente Educacional Brasileiro (2024)” foi conduzida pela equipe técnica da Plano CDE, a pedido da Aliança Nacional LGBTI+, com apoio do Instituto Unibanco, e buscou investigar como estudantes no ensino regular e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), com especial atenção para as experiências de jovens LGBTI+, percebem a segurança nas escolas, os tipos de bullying e agressões que enfrentaram ou presenciaram ao longo do ano de 2024.
O bullying, a discriminação e a violência são problemas sérios que demandam atenção urgente. A insegurança impacta diretamente o desempenho acadêmico dos estudantes. “É crucial que toda a comunidade escolar atue de forma articulada e consistente para enfrentar esses desafios. Somente por meio de um esforço coletivo será possível construir um ambiente escolar mais seguro e acolhedor para todas as pessoas”, comenta Toni Reis, Diretor-Presidente da Aliança Nacional LGBTI+.
O levantamento revelou, por exemplo, que a escola é um ambiente pouco ou nada seguro para estudantes que sejam trans (67%), meninos que não se encaixam nos padrões de masculinidade (59%), estudantes que sejam gays, lésbicas, bissexuais ou assexuais (49%), meninas que não se encaixam nos padrões de feminilidade (40%) e pessoas que tenham o corpo “fora do padrão” (40%).
A sondagem também mostrou que 1/3 (34%) dos respondentes sofreram agressão física na escola no último ano.
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