Por Flavia Mardegan
O atingimento de metas e a alta performance são frequentemente vistos como vilões da saúde mental dos colaboradores. No entanto, é possível que empresas impulsionem seus resultados sem comprometer o bem-estar de suas equipes. Esse é um compromisso da Mardegan, agora empresa signatária do Pacto Global da ONU, com dedicação especial ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) voltado à saúde mental.
O Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de casos de burnout, segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt). Dados apontam que cerca de 30% das pessoas ocupadas no país sofrem com essa doença mental. Mas como podemos mudar esse cenário?
A resposta está em equipes bem treinadas e lideranças capacitadas para lidar com as demandas humanas do ambiente de trabalho. Quando as empresas valorizam seus colaboradores, os tornam parte ativa do processo e da evolução do negócio e consequentemente criam um ecossistema onde desempenho e bem-estar coexistem.
Um colaborador que não se sente valorizado não consegue executar boas vendas nem proporcionar um atendimento excepcional. E o problema vai além disso: desmotivados e sobrecarregados, os profissionais adoecem, gerando impactos negativos na produtividade e no clima organizacional. Empresas precisam compreender que estabelecer metas sem fornecer uma estratégia para alcançá-las é um erro. Vender é um ato estratégico, não intuitivo.
O caminho para transformar esse cenário passa por qualificação e treinamento. Programas que desenvolvem habilidades técnicas e emocionais são essenciais para garantir que os times tenham suporte para enfrentar desafios sem comprometer sua saúde mental. Empresas que investem em capacitação constroem um ambiente onde metas desafiadoras coexistem com qualidade de vida, transformando o trabalho em um propulsor de crescimento, e não em uma fonte de sofrimento.
A produtividade não precisa ser inimiga do bem-estar. Pelo contrário, empresas que cuidam da saúde mental de seus colaboradores são mais sustentáveis, inovadoras e lucrativas. A revolução no mundo corporativo não consiste em abrir mão de metas, mas em encontrar formas saudáveis de atingi-las.

Flavia Mardegan é especialista em vendas, atendimento ao cliente, negociação, reestruturação empresarial e planejamento estratégico comercial
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