No menu items!
20.9 C
São Paulo
sexta-feira, 27 dezembro, 2024

Novo estudo na Nature: Pacientes com paralisia voltam a andar com estimulação cerebral

Tratamento de lesões na Medula Espinhal com Estimulação Cerebral Profunda pode fazer pacientes voltarem a andar, diz estudo

Um estudo publicado na revista científica Nature Medicine demonstrou um impacto significativo no uso da estimulação cerebral profunda para amplificar a recuperação da capacidade de andar em pacientes com lesões incompletas na medula espinhal.

A pesquisa, liderada pelo Dr. Newton Cho e o Dr. Grégoire Courtine, em colaboração com a École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL) e o Hospital Universitário de Lausanne (CHUV), investigou a ativação de neurônios glutamatérgicos no hipotálamo lateral – até então subestimado em pesquisas sobre lesões na medula espinhal – a partir da estimulação cerebral profunda desta área. A abordagem terapêutica é capaz de reorganizar projeções neurais remanescentes na medula espinhal, promovendo melhorias funcionais duradouras em humanos. Os participantes do estudo relataram progresso imediato na marcha, com aumento na resistência e redução do esforço percebido. Um dos participantes pode subir os degraus de uma escada.

“Os profissionais que praticam a estimulação cerebral profunda como um tratamento de reabilitação funcional estão entusiasmados com os resultados encontrados, mas ainda precisamos investigar mais profundamente os mecanismos e a segurança em longo prazo, em grupos maiores de pacientes”, destaca o Dr. Marcelo Valadares, médico neurocirurgião e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia na Unicamp.

Embora mais estudos clínicos em larga escala sejam necessários para validar a segurança e eficácia do tratamento, a combinação entre tecnologia avançada, neurociência e abordagens clínicas inovadoras já proporcionam tratamentos eficazes aos pacientes.

No Brasil, a estimulação medular e cerebral já é uma realidade consolidada em tratamentos para condições como dor crônica e Parkinson, com resultados expressivos. Esses avanços mostram o potencial da neuroestimulação como ferramenta terapêutica, aliando tecnologia e neurociência de ponta. “No caso de paralisias, embora a aplicação ainda esteja em fases de estudos e validação, a consolidação dessas técnicas no país pode abrir novas possibilidades promissoras, trazendo esperança para pacientes e ampliando o alcance da reabilitação funcional”, defende o neurocirurgião da Unicamp.


SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]

- Patrocinado -

Últimas

PM Ambiental combate a pesca ilegal e resgata 10 mil animais ao longo de 2024

Modalidade de policiamento comemorou 75 anos de trabalho com...

Pesquisa mostra que mais da metade dos brasileiros não lê livros

Proporção de não-leitores foi maior que a de leitores,...

São Paulo recebe mais de R$ 6 milhões para reforçar exames de pré-natal na Rede Alyne

Investimento do Ministério da Saúde visa ampliar o acesso...

PM Ambiental combate a pesca ilegal e resgata 10 mil animais ao longo de 2024

Modalidade de policiamento comemorou 75 anos de trabalho com cinco batalhões patrulhando todo o território paulista A sede do Comando de Policiamento Ambiental foi palco...

Pesquisa mostra que mais da metade dos brasileiros não lê livros

Proporção de não-leitores foi maior que a de leitores, pela primeira vez na série histórica Conforme a 6⁠ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no...

São Paulo recebe mais de R$ 6 milhões para reforçar exames de pré-natal na Rede Alyne

Investimento do Ministério da Saúde visa ampliar o acesso a testes essenciais como HIV, sífilis e ultrassom para gestantes em todo o estado O Ministério...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui