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Os óbitos causados devido ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) ainda figuram entre as principais causas de morte em muitos estados do Brasil. Em 2024, os AVCs foram a causa de 39.346 mortes, segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil, entre 01 de janeiro a setembro deste ano.
AVC é considerado uma doença grave e que surge devido à alteração do fluxo sanguíneo no cérebro, podendo ser de dois tipos:
Acidente vascular isquêmico: quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). O AVC isquêmico é o mais comum e representa 85% de todos os casos
Acidente vascular hemorrágico: quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia. Esta hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência
Segundo a Dra. Vanessa Milanese, Diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), a doença sempre figura entre as principais causas de morte na população. “O derrame cerebral é uma das mais recorrentes razões de sequelas e incapacidade. Por ser mais recorrente em idosos, as pessoas acham que os jovens estão livres de sofrerem um derrame, mas o que temos visto na prática clínica foi um grande aumento de casos”, comenta.
Primeiros sinais de um AVC
Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
Confusão mental;
Alteração da fala ou compreensão;
Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
Dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente.
A especialista destaca que o diagnóstico precoce é fundamental para o devido tratamento e qualquer sintoma atípico deve ser investigado o mais rápido possível. “Ter um estilo de vida mais saudável, praticar atividade física, não fazer uso de tabaco, evitar uso de drogas e controlar a diabetes pode ajudar a reduzir em até 80% as chances de um problema nesse sentido. “, finaliza a neurocirurgiã.
Se os sintomas mencionados acima surgirem repentinamente, o ideal é buscar ajuda médica especializada o quanto antes. Quanto mais rápido o atendimento for realizado, menores são os danos e maiores as chances de uma boa recuperação.
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